O Latin American Training Center, a Américas Film
Conservancy e a California Filmes me convidaram para a pré-estreia do filme DÍVIDA
DE HONRA, com Hillary Swank e Tommy Lee Jones, na terça passada, dia 17
de março no Espaço Itaú de Cinema na Praia de Botafogo.
Gente famosa como
Kate Lyra, Doc Comparato, David Tygel, Mauricio Maestro, Steve Solot e outros estavam lá. Foi a despedida do Cônsul Geral dos Estados Unidos no Rio de Janeiro, o Sr. John Creamer e esposa. Infelizmente ele não estava presente por compromissos profissionais. Assim mesmo o filme foi exibido pontualmente como combinado.
DíVIDA DE HONRA (HOMESMAN) foi produzido, dirigido e estrelado por Tommy Lee Jones. Poderia ser um western tradicional. Tommy Lee adora o gênero. Mas DÍVIDA DE HONRA não é.
A premissa é ótima – Em 1850, três mulheres vivendo em Nebraska, no limiar da fronteira do oeste selvagem, enlouquecem em função da dura vida nessas terras. Elas precisam ser levadas para o leste para tratamento. A missão fica a cargos de uma mulher forte de espírito independente chamada Mary Bee Cuddy (Hilary Swank). Mas a viagem de carroça até o estado de Iowa, promete ser difícil e Mary Bee emprega um vagabundo, George Briggs (Tommy Lee Jones), para ajuda-la. Esse grupo estranho percorre a vastidão do oeste em meio a um inverno rigoroso e a todo tipo de perigos. Internos, do grupo e externos, da região. As três mulheres loucas são vividas pelas atrizes Grace Gummer, Miranda Otto (que os brasileiros conhecem de FLORES RARAS) e Sonja Richter. Meryl Streep é a esposa do Ministro que as recebe em Iowa.
O que poderia ser um novo BRAVURA INDOMITA politicamente correto, se perde na realização. Não pelo elenco, que é de primeira, mas por um roteiro que abruptamente perde a linha narrativa, esfacelando o interesse do público. Foi o que Doc Comparato me disse, ao sairmos da projeção e eu concordo plenamente com ele.
Não vou contar o que acontece no filme, mas é uma dessas reviravoltas que virou moda a medida que os novos seriados da TV resolveram inovar a narrativa dramática americana. Mas o roteirista, que se baseou num livro, esqueceu que além de impactante, reviravoltas tem que ajudar a contar a história até o fim, mantendo a atenção do publico ligada ao que acontece na tela.
Ou, talvez, Tommy Lee apenas fez questão de contar uma história que nada tem a ver com a velha receita dos faroestes hollywoodianos...
Ainda assim vale a pena ver DÍVIDA DE HONRA.
Doc, Comparato, Roberto Monzo, Kate Lyra, Steve Solot, Nelson Hoineff, Mauricio Maestro, David Tygel presentes na pré-estréia.